Vivemos num mundo em que nos escondemos para fazer amor enquanto a violência é praticada em plena luz do dia...

Confissão

 

 

Sou um corpo que deambula ao acaso,
Que vive com medo todo o dia.
Amostra de ser mal amado
Sem conhecer felicidade e alegria.

Uma mulher constantemente criticada
Que chora apenas escondida,
Consciente que não vale nada,
E a imagem totalmente denegrida.

Escondo os hematomas como sei.
Habituei-me há muito a mentir...
Vivo uma vida como nunca pensei,
Com a maior parte do tempo a fingir.

Esta mão, assim queimada, e a doer,
É porque sou tão distraída...
Meti-a numa panela a ferver
E fiquei tão arrependida.

Tapo as nódoas negras com roupa
De Inverno, mesmo no Verão.
Apenas porque sou meia louca
Passo a vida a cair ao chão.

A boca, assim cortada,
Foi apenas porque sorri...
Não sei estar calada...
Apanhei porque mereci.

Quando parti o braço direito,
Foi porque me maquilhei nesse dia.
Mas afinal, foi bem feito,
Porque parecia uma vadia.

O meu corpo está tão cansado
Não aprendo a me comportar
Para viver bem com meu amado,
Que tudo faz por me amar.

Farta dos meus erros e maldade
Subo até ao vigésimo andar!
Salto, enfim, para a liberdade,
E já sou feliz... a voar!

O extremismo dos sentimentos

Por vezes a vida pode-nos levar a encontros infelizes...

O amor nasce de uma atracção, de um imenso mar de emoções, vive de carinhos, afectos, gestos, conversas, momentos, mas também de discussões.

Muitas vezes deparamo-nos com situações às quais não sabemos como reagir.

Não sabemos o que fazer, o que dizer, o que pensar e o que decidir. A vida é mesmo assim, um imenso mar azul e negro. com tantos sentimentos e emoções, o amor pode-nos levar à loucura ou até mesmo ao sentimento oposto.

O amor é fantástico mas quando se sabe vivê-lo pois muitas pessoas nunca tiveram amor e nunca ninguém lhes ensinou a amar. Estas por vezes magoam-se a si mesmas e aos outros e daí até chegarem à humilhação total é um passo: a agressão, a violência, a violação do amor, a infracção da lei, tudo o que envolver o ser num mundo intolerável.

A mulher sofre, o homem sofre, os filhos sofrem e talvez um dia isto acabe mas até lá há muito para fazer.

Identificação do grupo

Olá!

    Nós somos quatro alunos do 12º ano, da turma D, da Escola Secundária com 2.º e 3.º C.E.B. Dr. Manuel Fernandes, em Abrantes. 

   Francisco Cristóvão, José Carreiras, Paula Bandarra e Sara Jacinto são os nossos nomes.

     Elaborámos este blogue no âmbito da disciplina de Área de Projecto, na qual, estamos a desenvolver um tema/problema, que aborda a problemática da Violência Doméstica. 

     Esperamos que as nossas publicações vos agradem e, acima de tudo, sejam úteis.